Quais são as APIs do Open Gateway?
Três serviços essenciais de segurança digital foram recentemente lançados: verificação de número, troca de SIM e localização de dispositivo. Essas soluções agora estão disponíveis para desenvolvedores que utilizam a plataforma Azure da Microsoft ou, alternativamente, por meio de integradores.
O anúncio global desses serviços por empresas de telecomunicações ocorreu durante o MWC-23, refletindo uma iniciativa do setor em monetizar suas redes de maneiras inovadoras, antecipando-se ao surgimento de aplicativos que operam sobre conexões de dados.
A GSMA explica que o Open Gateway é uma estrutura comum e aberta entre operadoras, destinada a facilitar o trabalho de desenvolvedores e provedores de nuvem na criação de aplicativos e serviços interoperáveis em todos os dispositivos e clientes. Isso é possível por meio de pontos de acesso únicos conhecidos como APIs, que convertem as redes de comunicação em plataformas digitais programáveis.
A adesão das operadoras brasileiras ao Open Gateway, segundo a GSMA, marca o início da expansão desse modelo na América Latina. Mats Granryd, Diretor Geral da GSMA, destaca que as operadoras móveis do Brasil estão liderando o caminho ao adotar essa abordagem, permitindo que desenvolvedores e provedores de nuvem lancem novos serviços globalmente.
É importante notar que o Open Gateway no Brasil e em todo o mundo adota a padronização CAMARA, de código aberto, da Linux Foundation, que foi adotada pela GSMA. Alguns fornecedores de plataformas de APIs ainda não aderiram, como é o caso da Ericsson/Vonage, que possui uma plataforma proprietária, e da NTT Data. A GSMA espera que esses fornecedores se juntem à iniciativa em 2024.
Operadoras como TIM Brasil e Vivo planejam distribuir as APIs em várias nuvens, não se limitando a uma solução proprietária exclusiva. A abertura para testar o modelo de APIs, atualizar sistemas e adotar ferramentas de “sandbox” é recomendada pela GSMA.
As três APIs lançadas pelas operadoras brasileiras têm como foco o combate à fraude digital em instituições financeiras, garantindo 100% de privacidade desde a concepção e atendendo integralmente à LGPD. Essas APIs estarão disponíveis até o final do ano e incluem verificação de número, troca de SIM e localização do dispositivo, oferecendo soluções avançadas para autenticação, prevenção de apropriação de contas e validação de localização, respectivamente.
